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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Amuletos de uma fé insana e espúria



Tornou-se comum no meio evangélico a presença de objetos que são tratados pelas pessoas como amuletos. Mas afinal, o que é um amuleto? Segundo o dicionário amuleto é um objeto que alguém leva consigo por superstição, para se preservar de perigos, doenças etc. A fé, como diz o escritor aos Hebreus, é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem (Hb. 11.1); ora, se essa é a definição de fé, é perceptível que ela tenha sido adulterada e esteja sendo constantemente materializada por diversas denominações evangélicas. Não há nada de material na fé! A fé está no campo do sobrenatural!

Quando lemos o segundo livro de Reis no Cap. 18 no versículo 5, encontramos:” Ele (O rei Ezequias) tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã”. Pasmem os leitores! Os filhos de Israel haviam guardado aquele pedaço de metal por aproximadamente 900 anos e mais do que isso já estavam tão familiarizados com aquele amuleto que haviam dado um nome a serpente, Neustã. Mas, Deus sempre levanta homens que despedaçam a idolatria, que queimam e destroem todo resquício de uma fé ignóbil. Nessa presente era, é salutar para Igreja do Senhor não permitir que o conceito de fé seja subserviente a amuletos e talismãs, pois a fé nunca será.

Ainda sobre os filhos de israel constituindo para si amuletos, não poderíamos esquecer da Arca da Aliança; esse caixote de madeira que foi confeccionado sob a orientação divina tinha como propósito representar a presença de Deus entre o povo, porém eles fizeram da arca do testemunho um mero amuleto como quando a usaram com a certeza de que venceriam os filisteus. Israel não compreendia que o poder emanava de Deus e não de um caixote de madeira. Israel não entendia que a arca era um tipo de Cristo, tudo na Lei apontava para Cristo, segundo o escritor de Hebreus a lei era sombra dos bens vindouros e não a imagem exata das coisas (Hb 10.1); Cristo é a imagem exata! É pitoresco quando encontramos em muitas igrejas réplicas da arca do testemunho, pois a veneração a tais objetos vilipendiam diretamente a Palavra do Senhor.  Amuletos são muletas em que os homens apoiam sua fé! Na maioria das vezes utensílios se tornam objetos de adoração e veneração. Para muitos não basta ter a imagem exata é necessário recorrer às sombras pálidas do misticismo.

No Livro de Isaías a Palavra de Deus, assevera: “Naquele dia tirará o SENHOR os ornamentos dos pés, e as toucas, e adornos em forma de lua, os pendentes, e os braceletes, as estolas, os gorros, e os ornamentos das pernas, e os cintos e as caixinhas de perfume, e os brincos (NVI, os talismãs e amuletos), os anéis, e as joias do nariz, os vestidos de festa, e os mantos, e os xales, e as bolsas, os espelhos, e o linho finíssimo, e os turbantes, e os véus (Is 3.18-23)”. O mesmo Deus que ordenou que o povo de Israel tirasse do meio deles todas aquelas coisas esdrúxulas exige hoje de nós uma postura semelhante: que possamos varrer das nossas igrejas toda “esquisitice santa”, toda “bizarrice sagrada”, todo fogo estranho!

Podemos elencar facilmente uma lista de amuletos “evangélicos”: copo com água, sal grosso, sabonete ungido, caneta ungida, rosa ungida, óleo de unção, água do rio Jordão, kipá, shofar, tallit, réplica da arca da aliança, réplica do candelabro e etc... O meu povo perece por falta de conhecimento (Os 4.6). É ignominioso, ultrajante ver líderes se fiando em amuletos; se enganam e enganam a muitos. Quem se apoia em amuletos para ter um relacionamento com Deus não passa de um paralítico espiritual; que já se acostumou a viver escorado por muletas!

Uma fé como essa é insana porque leva as pessoas a praticarem loucuras; também é espúria porque é uma pseudo fé cristã. Tudo isso é água de cisternas rotas que contamina as igrejas como bem pontuou Emílio Conde no Cap. 9 de sua obra: Igrejas sem brilho.¹ São as inovações das igrejas contemporâneas que no afã de apresentar novidades ao povo rejeitam o Manancial de águas vivas e bebem das cisternas rotas que emanam águas pútridas e mortíferas. Abiel Vandyson, jovem músico cristão disse: “A fé em Cristo é um fruto de uma relação íntima com Ele, ela é algo invisível e sobrenatural, jamais deve ser materializada em produtos de venda. Não se engane, não deposite sua fé em amuletos.” (grifos meus).


Martinho Lutero certa feita disse: “Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias.”

Sola Scriptura! 

¹ CONDE, Emílio, Igrejas sem brilho, Rio de Janeiro, CPAD, p. 20. 

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