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sábado, 1 de abril de 2017

Fontes híbridas não fluem do manancial de Deus



Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? (Tg. 3.11). 
O referido versículo situa-se no capítulo 3 da epístola de Tiago e compreende o contexto no qual o apóstolo discorre sobre o órgão muscular que denominamos de língua. O bispo de Jerusalém enfatiza os efeitos e as consequências que a língua pode causar. Embora, todo o contexto se refira à língua a aplicação da passagem bíblica pode ir além sem o prejuízo da interpretação correta.  

Como pode uma fonte jorrar água doce e amarga alternadamente? 
Sem nos ater à língua, olhemos para esta perícope bíblica e vejamos se é possível aplicarmos as verdades contidas nela.  

1º UMA FONTE JORRA AGUA DOCE OU AMARGA – Uma fonte não pode produzir água doce e amarga simultânea ou alternadamente. Trata-se de uma realidade mutuamente excludenteDe uma mesma fonte não pode jorrar água boa e água salobra, não pode fluir água potável e água nauseabunda. No tempo presente temos visto pessoas que se dizem "cristãs", "supostas fontes de água doce" fluindo águas pútridas e nauseantesNas igrejas se comportam como fontes típicas de um oásis, mas fora de suas paredes se assemelham mais as águas de um rio lamacento e mau cheiroso. Nos últimos dias tem sido comum as pessoas irem ao culto e depois do seu término se dirigem a shows mundanos nos quais a bebedice e a imoralidade reinam. Também há aqueles que ao frequentarem praias, clubes e cachoeiras se vestem sem um pingo de pudor, sem nenhum decoro; extravasam ao ponto de se vestirem pior do que alguns ímpios; é digno de nota que muitas dessapessoas não limitam a indecorosidade que lhes é própria fora das paredes do templo, antes profanam o sagrado com vestes que deixam à mostra a silhueta do corpo. Músicos que ora tocam para Deus (se é que tocam para Deus) e ora tocam nas baladas da noite, nos carnavais, nos eventos mundanos e promíscuos.  

Tais pessoas se parecem com as fontes de água que corriam na cidade de Laodicéia que estava situada no vale do Lico ao sul de Hierápolis e a oeste de Colosssos; as aguás de Hierápolis eram termais, já as àguas de Colossos era frias e ao se encontrarem em Laodicéia se misturavam e se tornavam águas mornas. Foi por esse motivo que Jesus advertiu aquela igreja com as seguintes palavras "Conheço as tuas obras: não és frio e nem quente. Oxalá que fosses frio ou quente". As águas de Laodicéia eram eméticas, ou seja, eram usadas para provocar vômitos. Ao conhecermos esse contexto histórico no qual a igreja de Laodiceia está inserida compreendemos a reprimenda de Jesus que anunciava a sua ânsia de vômito provocada por aquela igreja e que a mesma seria expelida pela Sua boca. Os crentes (obs: até o diabo crê) que no domingo comparecem aos templos para "adorar", mas que na segunda se esbaldam com os prazeres do mundo obviamente podem ser achados no rol de membros da Igreja Laodiciea dos dias de hoje e se permanecerem em um vida dúbia serão objetos da cólera e do hálito de Deus; serão vomitados por Sua boca.  

2º UMA FIGUEIRA NÃO PODE PRODUZIR AZEITONAS E NEM UMA VIDEIRA FIGOS 
O Apóstolo usa a metáfora da figueira e da videira com a finalidade de endossar o santo ensinamento.  Explorando tal metáfora extraímos lições valiosíssimas para as nossas vidas. Tiago nos apresenta, em suma, a lei que rege as espécies, que cada um se reproduz conforme a sua espécie. As figueiras, por sua vez, deverão reproduzir figos bons ou ruins, a videira produzirá a azeitona. Uma fonte salobre ou um "espinheiro" não oferecerão outra coisa a não ser água não potável e espinhos. Há muitos espinheiros como o Abimeleque da parábola de Jotão de Juízes 9 que estão a oferecer sombra sem ao menos terem condições para tanto. Os espinheiros não podem gerar sombra. Neles há mais espinhos do que folhas. Os espinheiros geram espinhos. Há muitos "espinheiros" que prometem um sombra que não possuem; prometem ao amigo que se ele for à igreja será transformado como ele foi, oferecem uma conversão que nunca experimentarampois não passam de espinheiros e fontes salobres. Acabam por prestar um desserviço ao Evangelho. São objetos de escândalo para os ímpios.  

Jesus, certa feita asseverou: "Não existe árvore boa produzindo mau fruto, nem inversamente, uma árvore má produzindo bom fruto. Pois cada árvore é conhecida pelos seus próprios frutos. Não é possível colher-se figos de espinheiros , nem tampouco, uvas de ervas daninhas" (Lc 6. 43,44). Jesus adverte seus ouvintes de que um árvore boa não pode produzir um fruto de má qualidade, igualmente é verdade que uma árvore má não pode gerar um fruto de boa qualidade e na sequência Ele corrobora a ideia de que cada um se reproduz conforme a sua espécie. Como alguém que está tão envolvido com as coisas do mundo pode ainda desejar algo de Deus? Como alguém que se porta levianamente na faculdade por quatro horas pode ter fome espiritual para ouvir a Palavra por 40 minutos em um culto? Como uma pessoa que vive uma vida dissoluta e devassa pode participar de um evangelismo na cidade e pregar abertamente a Jesus? O justo manifesta justiça gerada por Deus. O Ímpio gera impiedade. Não há meios-termos, ou somos fontes de bençãos ou mananciais de maldições! Ou somos fontes que jorram pureza advinda da santidade de um Deus Santo ou somos pântanos dos quais fluem o lodo pútrido deste mundo. 

O último versículo do livro de Zacarias informa-nos de algo curioso e pitoresco, de que todas as panelas de Jerusalém e Judá seriam consagradas a Deus. O ato de Deus requerer dos israelitas que até as suas panelas fossem consagradas revela a vontade de Deus para a vida do homem. Deus requer que a nossa vida e tudo que nos pertence seja cabalmente consagrado a Ele.  

Concluo afirmando que é impossível que um fonte jorre água doce e amarga ao mesmo tempo; não se pode extrair de um poço salobre água potável. No entanto, águas amargas podem ser miraculosamente transformadas em água doce, como no episódio do deserto que o povo de Israel caminhou três dias e começaram a murmurar e se depararam com as águas de Mara, águas amargas. Deus usou a Moisés para que as águas fossem transformadas em águas doces e potáveis para o povo saciar a sede. A passagem bíblica em apreço revela-nos uma verdade insofismável, a saber: Que só Deus pode transformar o amargo do homem em doce. O único antídoto para as "fontes híbridas" é a ação regeneradora do Espírito Santo.  

Soli Deo gloria !   
  

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